segunda-feira, 1 de outubro de 2007
Bóiam farrapos de sombra
Bóiam farrapos de sombra
Em torno ao que não sei ser.
É todo um céu que se escombra
Sem me o deixar entrever.
O mistério das alturas
Desfaz-se em ritmos sem forma
Nas desregradas negruras
Com que o ar se treva torna.
Mas em tudo isto, que faz
O universo um ser desfeito,
Guardei, como a minha paz,
A 'sp'rança, que a dor me traz,
Apertada contra o peito.
Fernando Pessoa (१८८८-1935)
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5 comentários:
não sei se me atreva...
a minha dor é a da distância.
estou sempre longe dos afectos.
crio raízes nas águas do mar
e no que brota da terra.
(do longe também se faz perto)
lopes,
Atreva-se à vontade e sem medo! Eu não mordo...
Eu estarei aqui ao seu lado, se quiser, para o apoiar.
Conte comigo.
ps.: continuo à espera do seu e-mail para dar-mos uma saída nocturna até um barzinho simpático...
Beijos,
Elsa
Elsaaaa;
As suas palavras são tão convidativas que me deixam assim a modos que...
Estivesse eu mais perto, mas quem sabe, um dia ainda atravesso oceanos para mitigar a ânsia de a conhecer mais de perto.
Já seguiu e-mail.
O seu
O.L.
ps: diga-me se gostaria de conhecer a Austrália.
Querido e doce O Lopes,
As suas palavras, sim, é que são campainhas aos meus ouvidos, que me entontecem e deixam louca.
Tenho a certeza que não demoraremos a encontrar-nos.
Talvez o querido nem precise de "atravessar oceanos"...
Fui convidada para um Simpósio de Pedo-psicologia em Sidney, na última semana de Novembro.
Espero encontrá-lo para irmos jantar.
Mande-me um e-mail para combinarmos os pormenores.
Devo chegar a Sidney no dia 17.
Um Beijinho,
Elsa
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